BALADA DE OUTONO


Setembro …

Traz a balada de Outono

Que muda na folha as cores

Seduz e despe as flores

Num sestro de abandono...

Em toada persistente

As folhas , essas coitadas

Vão caindo lentamente

Das àrvores amarguradas

Ao ficarem desnudadas

De cada folha cadente...

Será que uma folha sente

Na despedida a tristeza ?…

Como dom da Natureza !…

E que em secreta amargura

Sofre, mas nunca se queixa

Como alguém que a Pátria deixa

Por destino ou desventura ?!…

E em cada folha caída

Resta uma angústia profunda

Num frágil sopro de vida

A sussurrar moribunda:

Não fez sentido viver

Esta tão curta existência…

Outono… Sem clemência

Tão cedo me fez morrer !…


Euclides Cavaco

Comentários

Sonia Regly disse…
Oi Antonieta,
Fiquei muito feliz com sua visitinha lá no Compartilhando as letras.Me senti muito honrada.Volte sempre ,ok???Beijos.
Sonia Regly disse…
Já têm uma interessante postagem nova.Passe por lá. Beijos.

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