POESIA PORTUGUESA...
ONDE ESTÁ DEUS?
Meus Deus, Omnipresente,
porque nos abandonas
quando estamos aflitos?
até a dor nos retornas
sem atender aos nossos gritos!
Olho bem para o céu
vejo no longe da escuridão...
nuvens negras em convulsão
e a esperança esmoreceu;
sinto este ingrato abandono
como uma criança sonhando
que ainda és meu patrono,
sofro como um inocente!
quando não ouves os meus ais
começo a ficar descrente
nos teus poderes celestiais.
Em nome dos meus soldados
deixo-vos a ultima prece:
que os seus corpos maltratados
voltem à terra que os merece!
A vós, companheiros de infortúnio,
deixo a mensagem solene:
combatei a intolerância do poder
por vos negar a seiva perene
que o pó absorve na terra queimada;
nem sempre o querer é dever
se a pátria não nos pediu nada
os deuses também esquecem
os corpos mortos que arrefecem
nesta tragédia da guerra...
consome-se a nossa mocidade,
muito longe da nossa terra
temos mais dor do que saudade!
Meus Deus, Omnipresente,
porque nos abandonas
quando estamos aflitos?
até a dor nos retornas
sem atender aos nossos gritos!
Olho bem para o céu
vejo no longe da escuridão...
nuvens negras em convulsão
e a esperança esmoreceu;
sinto este ingrato abandono
como uma criança sonhando
que ainda és meu patrono,
sofro como um inocente!
quando não ouves os meus ais
começo a ficar descrente
nos teus poderes celestiais.
Em nome dos meus soldados
deixo-vos a ultima prece:
que os seus corpos maltratados
voltem à terra que os merece!
A vós, companheiros de infortúnio,
deixo a mensagem solene:
combatei a intolerância do poder
por vos negar a seiva perene
que o pó absorve na terra queimada;
nem sempre o querer é dever
se a pátria não nos pediu nada
os deuses também esquecem
os corpos mortos que arrefecem
nesta tragédia da guerra...
consome-se a nossa mocidade,
muito longe da nossa terra
temos mais dor do que saudade!
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Poesia de um Militar desconhecido
em campanha
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