O POETA PARTIU...
Pisados por toda a gente,
Ficaram sonhos velhos, secos, amarelados,
A estalar sob os pés de quem passou.
Depois, o vento os levou...
Sem regresso do Poeta é a viagem
Sem regresso é o sonho eterno
Rosa de Liberdade
Amor antigo, miragem!
"O barro já está tinto de tanto, tanto sangue
Há tanto tempo a correr"
Quando a minha Mãe vier... Saudade...
"Deixa chorar meus olhos
Deixa comigo
O peso do sonho tão antigo"
O Poeta chorou... o sonho pesou!
O sonho atirado aos "longes do mundo"
O Poeta chamado aos longes da morte.
No barro das ruas,
Pisados por toda a gente,
Ficaram sonhos secos, amarelados,
Quiçá desprezados,
A estalar sentidamente...
No barro das ruas secas, amareladas,
tão sofridamente amadas,
"Entre estrelas rutilantes, risos gritantes", sonhos no ar,
Vive
"Quem ousa negar"?
Eternamente a Alma do Poeta!
(Um poema de Sara Lidia em homenagem a seu pai o poeta AIRES DE ALMEIDA SANTOS)
Comentários
Beijunhos
Sali