CESÁRIO VERDE
*
Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas
*
da poesia de Cesário Verde
Comentários
Beijos e...
Ai-u-é...
Que sôdade...
Eu tenho de ti!...
......................
Ai-ú-é...
Que sôdade...
Eu sinto do "antigamente"...
....................
Ai-u-é...
Que sôdade...
Do funge e do pirão...
...................
Ai-u-é...
Que sôdade ...
Eu tenho de ti...
Terra do lado de lá...
...................
Ai-u-é...
Que sôdade...
Da vida livre...
..............
Ai-u-é...
Que sôdade...
Dormir com a porta aberta...
E saber que o dia seguinte...
Vinha tranquilo...
..................
Ai-u-é...
O "antigamente"...
Era mesmo o "paraíso"...
....................
Ai-u-é...
E era também...
Vida livre.
lili laranjo